No dia 27 de setembro de 1990, foi criado o Terceiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (3º/7º GAv), conhecido como Esquadrão Netuno, sediado em Belém, no Pará. A nova Unidade estava subordinada à Segunda Força Aérea (II FAe) e, além de realizar o patrulhamento do litoral, recebeu a incumbência de patrulhar a foz do rio Amazonas, com suas dezenas de ilhas e extensas regiões alagadas. Em colaboração com a Marinha e o Exército, o Esquadrão Netuno é um dos instrumentos de defesa dessa estratégica região.
O nome do 3º/7º GAv foi inspirado no deus mitológico Netuno. De acordo com a tradição romana, Netuno é o soberano de todos os mares e filho de Saturno, o protetor dos navegantes. O Esquadrão Netuno é o guardião dos mares no litoral Norte e proporciona proteção aos navegantes da região.
AERONAVES
Assim como o 2º/7º GAv, o principal motivo para a criação do 3º/7º GAv foi a pequena autonomia do Bandeirante Patrulha. O Esquadrão Netuno foi ativado para operar a versão P-95A na região Norte do Brasil, equipada com um radar de busca Eaton AN/APS-128 Super Searcher, equipamentos de comunicação e fotográficos, MAE, EW, ELINT e SIGINT. O armamento é composto por quatro lançadores SBAT-70/7 ou quatro foguetes SBAT-127 instalados sob as asas.
Com a entrada em serviço dos quadrimotores Lockheed / CASA P-3AM Orion no Esquadrão Orungan, alguns P-95B que voavam em Salvador foram repassados para o Esquadrão Netuno. Em 2016 o 3º/7º GAv começou a receber o P-95BM, a versão melhorada do Bandeirante Patrulha.
Equipado com o moderno radar Selex Seaspray 5000E, que permite a detecção de alvos marítimos em distâncias superiores a 350 km, painel de instrumentos com quatro telas digitais, modernos sistemas de comunicação, navegação e sistemas de guerra eletrônica, o P-95BM vai aumentar sensivelmente a capacidade operacional do Esquadrão Netuno.