23 de março de 1962.
Dois Oficiais da Força Aérea brasileira, recém formados, um 1° Tenente-Aviador e um 2° Tenente-Aviador, realizavam voo de Manaus para Belém; a aeronave: RB-25 5080 do 1°/10° GAv, sediado na Base Aérea de São Paulo (BASP). O nível de voo, possivelmente, era o 90 (noventa).
O tempo era aquele comum em nossa região norte. Cumulus isolados que, com o passar das horas, iam aumentando seu volume, e acudiam ao “toque de reunir” da natureza.
E o voo, sobre o inconfundível verde da Amazônia, era de total tranqüilidade e sossego.
Até que, um dos Tenentes chamou a atenção do outro sobre o que estava avistando. Foi iniciada curva para o lado no qual o Tenente avistara algo fora dos padrões. Não foi preciso desligar o piloto-automático, pois era inexistente na aeronave.
E qual era o fato que chamava atenção.
Simples!!!
Apenas um submarino navegando no Rio Amazonas. Um fato corriqueiro. Vários tipos de navios e de embarcações navegam nos rios.
O quê!?!?!?!?
“Motor no bolso”. Nariz para baixo.
Os Tenentes foram investigar a suspeita belonave que navegava em nossas águas. A medida que o RB-25 perdia altura o submarino sofria uma severa transformação. Foi possível distinguir a água que corria no convés. Delimeou-se a estrutura da vela.
Até que foi definido o que estava sendo investigado.
Época de cheia no rio. Várias ilhas são totalmente, ou em grande parte, cobertas pelas águas. Era este o caso.
O “conves” era formado por árvores quase que totalmente encobertas pelas águas.
A “vela” era uma árvore maior, praticamente à “meia-nau” da ilha.
Após a criteriosa investigação, os Tenentes, que não tinham falado com ninguém, no que acertaram em cheio, retornaram ao nível de voo.
Calados mergulharam! Calados ascenderam!
Parabéns aos “Patrulheiros”.
Autor Siberian Boy