Base Aérea de Santa Cruz, 1° Corpo de Base Aérea, equipado com 3 aviões A-28 Hudson, pista de grama para decolagem e pouso, cozinha de campanha para alimentação do seu efetivo militar, alojamento dos soldados dentro do hangar, condução dos sargentos e soldados em trem da Central, com baldeação em Bangu, Maria-Fumaça até o matadouro de Santa Cruz, de onde todos marchavam até a Base.
Falta conhecimento sobre a data de chegada dos A-28 176, 177 e 179 à Base Aérea e entrega à Esquadrilha de Adestramento. Em junho de 1943, os três sargentos, 4°, 6° e 7° classificados, da 2ª turma de especialistas do Galeão, que formou 74 QAV, receberam sem estágio ou qualquer tipo de instrução, a função de mecânico de voo e encarregados das inspeções e revisões dos referidos aviões.
A função dos A-28 de Santa Cruz era de sobrevoar os comboios de navios e da vigilância dos mares de Santos até Abrolhos, na Bahia.
No período de junho de 1943 a agosto de 1944 (16 meses), fiz parte da tripulação de 125 voos, sendo 88 missões de bombardeio (MB), sendo 14 acima de 5 horas, 8 de 6 horas e 4 de 7 horas.
A mais longa missão foi de 7 h 5 min, MB, Vitória-Vitória, com os pilotos Cap Geraldo e Ten Labre.
As refeições de bordo eram tabletes de chocolate e latinhas de suco de tomate.
Houve muitos pernoites na cidade de Vitória (Goiabeiras Field) e a tripulação viajava de táxi para a cidade, e voltava ao campo com os taxistas recebendo como pagamento gasolina de aviação, fornecida pelo Sargento Comandante do Destacamento.
Autor Maj.- Esp.- Av. Jorge Gomes Pinto
Cruz de Aviação – Fita B – 4 estrelas