Esquadrão Netuno forma a Primeira Piloto de Patrulha do Brasil

A Primeiro Tenente Aviadora Acássia Marina Jorge Diniz foi elevada operacionalmente à qualificação de Primeiro Piloto de Patrulha ao comandar o voo FAB 7101, que decolou da capital paraense na manhã do dia 3 de maio de 2019.

Pertencente ao Esquadrão Netuno, sediado na Ala 9, em Belém, ela conta o quanto se preparou para alcançar esse marco histórico: “foi um momento muito esperado e buscado. Dentro da Aviação de Patrulha as elevações operacionais são muito criteriosas devido às diversas missões que realizamos. No primeiro voo como Comandante de Aeronave, eu tive a certeza de que toda cobrança é necessária para estarmos suficientemente habilitados a enfrentar qualquer tipo de eventualidade. Hoje me sinto segura quando em atividade operacional, pois sei que o preparo é constante”.

Atualmente, o Esquadrão Netuno cumpre seis tipos diferentes de missão, exigindo dos pilotos um comprometimento elevado. “A cada decolagem somos responsáveis por oito vidas dentro da aeronave”, complementou a oficial.

Após sua ascensão à Comandante de Aeronave, a Tenente Acássia participou de todos os tipos de missão previstos para o Esquadrão, incluindo missões reais como a de Controle Aéreo Avançado com a Marinha do Brasil, na qual o P-95BM atua como vetor de esclarecimento de área para direcionar o ataque das aeronaves A-4 Skyhawk.

Histórico – A Primeiro Tenente Aviadora Acássia ingressou na Academia da Força Aérea em 2010, e já voou as aeronaves T-25, TZ-23 e T-27; em 2014, serviu no 1º/5º GAV, onde voou a aeronave C-95BM e escolheu a Aviação de Patrulha como especialidade. Foi transferida em 2015 para o 3º/7º GAV – sediado em Belém. Inicialmente, voou as aeronaves P-95A e P-95B, ambas não modernizadas. Participou do processo de transição de aeronaves P-95A e P-95B para P-95BM (modernizado), voando todos os projetos, inclusive operando o Radar Super Searcher. Em 2016, realizou o último voo do FAB 7061 P-95A – o último da categoria –, em traslado para o Campo dos Afonsos – RJ, para ser retirado de linha. O regresso foi realizado no FAB 7100 P-95BM, na função de Segundo Piloto. Formou-se Operadora Radar do SEASPRAY em 2016; e contribui como instrutora de todas as turmas formadas até o ano de 2019, atingindo a expressiva marca de mais de 330 horas de operação do radar.

A Força Aérea Brasileira valoriza e oferece oportunidade a todos sem distinção de sexo. O ingresso das mulheres na FAB começou em 1982. A Academia da Força Aérea iniciou a abertura de vagas na carreira de intendência em 1996, e no quadro de aviadores em 2003.

Texto: 1º Ten. QOCon Tec (REP) Brenda Ribeiro Alvarez e 1º Ten.Av. Acássia Marina Jorge Diniz.

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